
Apesar do
aumento, o levantamento apontou queda de 9% no total de mortes, saindo de 2.402
em 2007 para 2.184 em 2017.
A hepatite
é a inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns
remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes,
metabólicas e genéticas.
De acordo
com o Ministério da Saúde, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam
sintomas, mas quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar,
tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e
fezes claras.
No Brasil,
as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem,
ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia.
Tipo de
hepatite
De 2000 a
2017, foram identificados no Brasil, segundo o boletim, 70.671 óbitos por
causas básicas e associadas às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses,
1,6% foi associado à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76% à hepatite C e
1,1% à hepatite D.
O boletim
mostra que o tipo C da doença, além de ser o mais letal, é o mais prevalente.
Ao todo, 26.167 casos foram notificados em 2018.
A doença é
transmitida por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de
objetos cortantes.
O maior
número de pessoas com hepatite C se concentra em pessoas acima dos 40 anos. A
hepatite C nem sempre apresenta sintomas.
Por isso, o
Ministério da Saúde estima que, atualmente, mais de 500 mil pessoas convivam
com o vírus C da hepatite e ainda não sabem.
Foram
notificados ainda 2.149 casos de hepatite A no Brasil. A transmissão mais comum
desse tipo da doença é pela água e alimentos contaminados. O tratamento
geralmente evolui para cura.
Também
foram registrados 13.992 casos de hepatite B, que pode ser transmitida pelo
contato com sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos
cortantes e de uso pessoal e pode também ser transmitida de mãe para filho.
Já a
hepatite D foi registrada em 145 pacientes. A infecção ocorre quando a pessoa
já contraiu o vírus tipo B.
Os sintomas
da hepatite D são silenciosos e a doença é combatida por meio da vacina contra a
hepatite B que também protege contra a D.
Combate
Nas
vésperas do Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, dia 28 de julho, o
Ministério da Saúde alerta para a importância do diagnóstico e tratamento da
doença.
“Estamos
garantindo prevenção, por meio de vacinas, e diagnóstico, com oferta de testes,
além de tratamento medicamentoso. É muito importante que as pessoas acima de 40
anos procurem a unidade de saúde mais próxima para realizar testagem e se
imunizar contra a hepatite B e que os pais vacinem as crianças contra hepatite
A. Assim, conseguiremos tratar ainda mais pessoas e eliminar a sombra da
hepatite do Brasil”, diz, em nota, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Em 2018, o
Ministério da Saúde distribuiu 25 milhões de testes de hepatite B e C. Para
2019, com o fortalecimento das ações de diagnóstico e ampliação do tratamento,
a expectativa é que esse número seja superado.
Além dos
testes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina contra a hepatite A para
menores de 5 anos e grupos de risco. Disponibiliza também vacina contra a
hepatite B para todas as faixas etárias. Esta vacina também protege contra a
hepatite D.
Eliminação
da hepatite C
O Brasil
tem como meta eliminar a hepatite C até 2030. Para isso, nos últimos três anos,
foram disponibilizados pelo SUS 100 mil tratamentos para hepatite C.
Neste ano,
foram entregues 24 mil tratamentos para a doença. Até o início de agosto, de
acordo com o Ministério da Saúde, serão entregues outros 5 mil tratamentos.
Em 2019, o
Ministério da Saúde adquiriu 42.947 tratamentos sofosbuvir/ledipasvir e
sofosbuvir/velpatasvir. Outros 7 mil tratamentos estão em processo de
aquisição.
De acordo
com a pasta, todas as pessoas diagnosticadas com hepatite C têm a garantia de
acesso ao tratamento, independente do dano no fígado, assegurando
universalização do acesso previsto desde março de 2018. Essa ação, segundo o
ministério, coloca o Brasil como protagonista mundial no combate a hepatite C.
Edição:
Kleber Sampaio
Por Mariana
Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
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